Temporal que durou mais de 12 horas provocou alagamentos e danos materiais em três municípios. Volume de chuva chegou a 200 mm em algumas regiões.
Um forte temporal atingiu a região sul de Mato Grosso do Sul na madrugada e manhã desta sexta-feira (12), causando destruição e transtornos. As cidades mais afetadas foram Paranhos, Batayporã e Nova Andradina, onde a chuva persistente por mais de meio dia alagou ruas, rodovias e danificou estruturas.
Em Paranhos, o prefeito Heliomar Klabunde relatou os estragos mais graves. Uma ponte que dá acesso ao assentamento São Vicente de Paula foi completamente destruída pela força da água. “O processo da água que passou por baixo rompeu a estrutura”, explicou o prefeito. A comunidade não ficou isolada, pois possui outro caminho de acesso, mas a reconstrução será necessária. Em algumas áreas rurais do município, o volume de chuva variou entre 200 e 300 milímetros, equivalente a mais de um mês de precipitação em poucas horas. Na área urbana, muitas casas tiveram infiltração de água.
Na vizinha Batayporã, um curto período de chuva intensa – 133 mm entre 3h e 5h30 da manhã – foi suficiente para alagar ruas próximas à Lagoa do Sapo, no centro da cidade. A Defesa Civil local vistoriou a área e informou que, apesar do susto, não houve danos graves em imóveis e ninguém precisou deixar suas casas. O nível da lagoa já voltou ao normal.
Já em Nova Andradina, o acumulado de aproximadamente 120 mm de chuva causou pontos de alagamento em entradas e saídas da cidade, atrapalhando o trânsito. Um carro chegou a ficar preso na enxurrada. Algumas residências também foram invadidas pela água, mas sem registros de prejuízos mais sérios. As equipes municipais continuam monitorando as situações.
O tempo instável na região faz parte de um sistema de baixa pressão que atua entre o Paraguai e o Norte da Argentina, favorecendo a formação de tempestades fortes no extremo sul do estado. Para esta sexta-feira, ainda há alerta para rajadas de vento que podem chegar a 85 km/h na região sul de Mato Grosso do Sul.
As prefeituras das cidades afetadas recomendam que os moradores evitem transitar por áreas alagadas ou pontes com estruturas comprometidas e que busquem a Defesa Civil em caso de necessidade.
