A população do bairro Radiante e da rua Maicon Oliveira Feitosa, em Pedro Gomes(MS), vive um misto de esperança e apreensão. Um recurso federal de R$ 1,5 milhão, destinado à pavimentação asfáltica dessas vias, está ameaçado — e o prazo para a prefeitura cumprir todas as exigências termina em 15 de setembro. Caso a administração municipal não consiga finalizar a documentação a tempo, a verba, conquistada através do deputado federal Beto Pereira, será perdida, deixando centenas de moradores à mercê da lama e poeira que tanto vem incomodando aqueles moradores.
O alerta foi dado pelo vereador Lobinho durante a sessão da Câmara na última segunda-feira (11/08). Em tom de urgência, ele destacou a importância do recurso para melhorar a qualidade de vida dos moradores, que hoje enfrentam dificuldades diárias com a precariedade das vias. “Não podemos deixar esse dinheiro voltar. É uma quantia significativa, que vai transformar a realidade desses moradores”, afirmou.
Corrida contra o relógio
O líder do prefeito na Câmara garantiu que a documentação necessária será concluída dentro do prazo e que a ordem de serviço será assinada até a próxima semana. No entanto, a confiança da base governista não convenceu totalmente o vereador Nicanor.
Além da pressão pelo cumprimento do cronograma, os vereadores cobram que a empresa contratada para executar a obra entregue um serviço de qualidade, seguindo o exemplo do asfaltamento realizado no bairro Galdina.
O preço do atraso
Se o prazo não for respeitado, Pedro Gomes perderá não apenas o recurso, mas também a chance de melhorar a infraestrutura de duas regiões que sofrem com a poeira, lama e dificuldades de acesso — problemas que se agravam no período de chuvas. Para os moradores, a demora pode significar mais anos de espera por uma solução.
“Estamos cansados de promessas. Se esse dinheiro for embora, não sabemos quando teremos outra oportunidade”, desabafou um morador, residente no bairro Radiante há mais de 5 anos.
Agora, o que resta é torcer para que a prefeitura consiga, de fato, vencer essa corrida contra o tempo. Do contrário, quem pagará o preço mais alto será justamente quem mais precisa: a população.
