Há mais de 20 anos, a Escola Estadual Professora Cleuza Teodoro, localizada no município de Pedro Gomes, aguarda por reformas estruturais que garantam a segurança de seus alunos, professores e funcionários. Enquanto isso, os pais da cidade assistem, impotentes, ao desgaste diário de uma estrutura que parece estar à beira do colapso. A situação é tão grave que o município foi obrigado a remanejar alunos da Escola Municipal Archangela Mourão Fontoura, que também passa por reformas intermináveis, para a Cleuza Teodoro, sobrecarregando ainda mais uma instituição que já está no limite.
A reportagem constatou in loco as condições precárias da escola: rachaduras nas paredes, infiltrações, instalações elétricas obsoletas e um teto que parece prestes a desabar a qualquer momento. Diante desse cenário, procuramos o diretor da escola, Joelson Honorato de Oliveira, que confirmou o que já era evidente: “Já foram feitas várias tratativas junto ao governo do estado. Inclusive, o Deputado Estadual Junior Mochi já esteve aqui para constatar a precariedade do ambiente. Mas, até agora, nada foi feito.”
O que mais choca nessa situação não é apenas a negligência do governo estadual, mas a aparente indiferença dos políticos que, mesmo cientes do problema, parecem esperar que uma tragédia ocorra para, finalmente, agir. É como se a vida das crianças, dos adolescentes e dos profissionais da educação de Pedro Gomes não importasse. É como se a escola Cleuza Teodoro fosse invisível aos olhos do poder público, que fecha os olhos para a realidade de uma cidade que clama por atenção há décadas.
É importante ressaltar que essa não é uma questão isolada. A falta de investimento em educação é um problema crônico no Brasil, mas o caso da Cleuza Teodoro é emblemático. Ele revela a desconexão entre os governantes e a população que eles deveriam servir. Enquanto os políticos se preocupam com suas agendas pessoais e disputas partidárias, escolas como a Cleuza Teodoro continuam a deteriorar-se, colocando vidas em risco.
A população de Pedro Gomes, no entanto, não está alheia a essa situação. Com um senso político cada vez mais apurado, os cidadãos estão atentos ao descaso e à falta de compromisso dos representantes estaduais e federais. E, fica um alerta da população, a resposta a essa negligência virá nas urnas em 2026. A povo sabe que o voto é a sua arma mais poderosa, e não hesitará em usá-la para cobrar a devida responsabilidade.
É inadmissível que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que lidar com situações como essa. A educação é um direito constitucional, e as escolas são o alicerce do futuro de qualquer nação. Se os políticos não forem capazes de entender isso, talvez seja hora de lembrá-los de que o poder emana do povo, e que o povo não mais tolerará promessas vazias e ações inexistentes.
A Escola Cleuza Teodoro é uma tragédia anunciada, mas ainda há tempo de evitá-la. Cabe aos governantes estaduais e federais agirem com urgência, antes que o teto desabe e leve consigo não apenas a estrutura física da escola, mas também a confiança da população naqueles que juraram servir ao bem comum. A hora de agir é agora. Amanhã pode ser tarde demais.